Psicopedagogia
e Oficinas terapêuticas
As oficinas
são utilizadas em diversas áreas de atividade como recurso de ensino e
aprendizagem, vivência e experiências.
Por meio das
oficinas é possível experimentar, criar, produzir, sentir, pensar, inventar, refazer,
errar, corrigir, aprender e ensinar.
O termo
oficina tem origem no latim “officina”, que significa “lugar onde se exerce um
ofício”. É um lugar onde se desenvolve uma atividade profissional.
Há oficinas
de mecânica, costura, teatro, literatura, artesanato, terapêutica, pedagógicas
entre outras.
Há:
· Trabalho
· Movimento
· Conhecimento
· Ação e produção
“Laboratório
ou lugar” onde trabalham os oficiais e aprendizes de algum ofício ou arte.
A oficina se
configura em um espaço em que se desenvolvem atividades profissionais,
relacionadas ao ensino, à aprendizagem ou ao exercício de um trabalho ou de uma
atividade artística.
Profissionais
e alunos, “ensinantes e aprendentes” se relacionam de maneira ATIVA e DINÂMICA
ao redor de uma atividade, produzindo algo concreto e abstrato, produto de uma
ação OBJETIVA e SUBJETIVA, expressão de sentimentos, de pensamentos e de um
quadro, uma verdade, um pensamento, uma blusa, um bolo, um movimento, uma
comida, uma poesia, uma música e um olhar.
Podemos
definir a Oficina Psicopedagógica como um local e um espaço de trabalho, onde
“aprendente e ensinante” ( Aprendiz e Oficial) estabelecem um vínculo afetivo
especial de uma relação dinâmica em que o conhecimento poderá ser construído,
compartilhado, vivenciado, significado, mediado, a aprendizagem poderá ocorrer
de modo significativo, os afetos poderão ser expressos, os sujeitos poderão ser
e estar integralmente.
A oficina
“um lugar onde se trabalha, se elabora e se transforma algo para ser
utilizado”.
Nesse local
há a ação de CONSTRUIR E RECONSTRUIR O CONHECIMENTO.
Acontece nas
relações entre os sujeitos que dele participam e se unem em torno de uma
atividade, de uma tarefa, de um objetivo a atingir, de algo a produzir, de algo
a conhecer.
Cada
elemento do grupo tem um papel a desempenhar e muito contribuir.
É um momento
privilegiado em que participantes se relacionam, transformam-se,
experimentando, criando, arriscando, sentindo, vivendo, expressando, sendo e
estando.
O
conhecimento e aprendizagem circulam no espaço da Oficina.
Sentimentos
podem ser expressos, vínculos são estabelecidos e o mediador possibilita as
aprendizagens através de uma relação ativa e dinâmica. Há um objetivo
previamente determinado, a ser atingido.
O produto
final de uma Oficina é o conhecimento produzido nas relações que ali se
estabeleceram. Por isso, uma oficina não se repete, não há receitas, algo novo
sempre surge no interior delas a partir das relações entre os sujeitos e os
conhecimentos.
As oficinas
psicopedagógicas podem auxiliar o processo de ensino e aprendizagem sendo
facilitadora.
Usada como
recurso de avaliação psicopedagógica ou como recurso de intervenção, é possível
conhecer o sujeito, sua relação consigo mesmo, com os outros e como expressa os
seus sentimentos e pensamentos em uma atividade coletiva, podendo auxiliar na
compreensão de suas dificuldades, no conhecimento de suas habilidades e nos
encaminhamentos e nas avaliações dadas à escola e aos familiares.
A
intervenção psicopedagógica representa um recurso importante, pois permite a aprendizagem
e o desenvolvimento do sujeito, prevenindo intensificações ou equacionando
dificuldades; além disso, possibilita o desenvolvimento de funções mentais.
Superiores
necessárias à aprendizagem é a retomada de conteúdos escolares de forma lúdica
e significativa.
A utilização
do lúdico no trabalho desenvolvido nas Oficinas aproxima o sujeito do
conhecimento e promove experiências novas, possibilita a construção, a
reconstrução de conhecimentos, viver e experimentar sensações e sentimentos
positivos e negativos , prazer, desprazer, alegria e tristeza, medo, vergonha,
frustração, superação, permite uma relação diferente com o erro.
Ao colocá-lo
como parte fundamental do processo de conhecimento e aprender com naturalidade
ao longo dele, proporcionam a mediação entre ensinantes e aprendentes, levando
à autonomia, à espontaneidade, à escolha, à desistência, à retomada, à dúvida,
à pesquisa, à descoberta, à superação, ao questionamento e à reflexão.
Um grande abraço,
Maria Tereza Pereira de Almeida
email: teralminha@terra.com.br
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